Em agosto de 2003, o Sítio Histórico de Viçosa do Ceará passou a ser considerado patrimônio nacional. Isso significa o reconhecimento do valor da nossa cidade para todo o país. Durante os séculos XVII E XVIII, a atividade missionária dos jesuítas tornou-se o principal fator para a ocupação e colonização daquelas terras tabajaras da Ibiapaba. Das dezenas de aldeias ali existentes quando da chagada do europeu, apenas duas não sucumbiram a sua ambição. Estas, dominadas pela primeira missão jesuítica para ali enviada, constituíram a formação de uma aldeia-mãe, fundamental para a expansão do projeto colonial lusitano. Assim prefixou-se a célebre Aldeia da Ibiapaba, onde conviveram, por cerca de um século, mais de 6.000 índios, um dos maiores continentes indígenas da América Latina.
Ibiapaba, serra talhada, na linguagem indígena, foi o sítio onde originou-se a cidade de Viçosa do Ceará, primitivamente a Aldeia de Nossa Senhora da Assunção. Situada em local estratégico, na divisa entre duas zonas administrativas do Brasil-colônia e relativamente próxima do mar, Viçosa configurou-se num importante entreposto comercial e de comunicação, tendo por isso grande importância aos olhos portugueses. Dessa forma, a cidade contribuiu para a conquista e o povoamento do Nordeste brasileiro.
As ruas de Viçosa do Ceará, seu casario, sua igreja matriz e tantas outras edificações que permaneceram, contam melhor do que ninguém como era essa época e como viviam as gerações passadas. Para o país, Viçosa é um exemplo muito importante desse período, que só chegou aos nossos dias porque a cidade foi preservada.
Você já parou para pensar no que isso significa? Qual a importância de tudo isso para nossa cidade? Por que é preciso preservar o patrimônio cultural de Viçosa do Ceará para as futuras gerações? É sobre isso que queremos conversar com você. (PAIVA, 2004, p. 05)
Vista do Theatro Pedo II - Desenho de Domingos Linheiro, 1999. (PAIVA, 2004, p.12-13)
PAIVA, Olga Gomes (coord.); LINHEIRO, Domingos Cruz; DUARTE JR., Romeu. Viçosa do Ceará: roteiro para a preservação do Patrimônio Cultural. Fortaleza: IPHAN 2004.
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