Capitania Siará Grande, esse pode ser o termo mais antigo do que hoje se conhece por Estado do Ceará.
A Capitania do Siará Grande figura entre as primeiras donatarias criadas pela coroa portuguesa com objetivo de salvaguardar o “imenso patrimônio que recebera de Cabral.” (Girão, 1962)
Procedendo com seu objetivo D. João III, de Portugal determina que o atual território cearense fosse dividido em três doações. Os seus respectivos donatários fizeram a primeira tentativa de explorar seus legados juntando-se em uma expedição (1535), que teve a frota de navios arrasada em uma tempestade na costa do Maranhão, antes de tocar o solo cearense. Nova tentativa em 1550 não logrou êxito. Oficialmente falando, foi Pero Coelho de Sousa que em 1603 de fato concretizou e tomou posse da Capitania do Siará Grande.
Com a proposta de revisitar fatos referentes a Capitania do Siará Grande, o Ceará provincial e ao atual Estado do Ceará que estão diretamente imbricados com o Nordeste Brasileiro fica aqui um espaço de valorização e visibilidade da Região. Região essa que então constituía-se a mais rica do Brasil, conservando-se diversificada em todos os aspectos e historicamente pouco noticiada.
Por motivos políticos a capital Salvador foi deslocada para outra região passando então a coroa a favorecer uma mudança no eixo político e econômico da colônia em detrimento as capitanias do Norte, penalizadas com altos impostos. Essa postura permeou todo o período imperial e consolidou-se na república.
Não um texto didático, cronológico e enfadonho, e sim algo leve que interesse ao “leitor” para os importantes fatos históricos que permanecem obscuros por razões quaisquer.
Armando Farias
GIRÃO, Raimundo. Pequena história do Ceará. 2. ed. Fortaleza: Editora Instituto do Ceará, 1962.
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