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እሑድ 3 ጃንዋሪ 2021

PENSATA: Os Prelúdios do povo cearense

Vimos os primórdios da Capitania do Siará Grande. Percebe-se o quão incipiente e pobre mostrou-se essa gleba de terra aos olhos do colonizador. Talvez por conta de sua localização geográfica e latitude, temos mais de 90% inclusos no semiárido. Os primeiros colonizadores aplicavam seus próprios recursos na empresa que se disponham. Os padres que aqui aportaram não eram diferentes e submeteram-se a grandes privações diante de total falta de estrutura e apoio por parte da Coroa e Estado para missionar. 
 
Estamos olhando para um recorte da história em que Pernambuco já era uma capitania rica com uma área territorial bem maior que hoje conhecemos. 

Engenho de açúcar
Sette (1953, p. 46) 

A Bahia continha a sede do governo. Em ambos os casos já havia muitos engenhos de produção de açúcar que era a maior economia de então, ricas igrejas e conventos. Bem projetadas e guarnecidas estruturas defensivas. 

Cidade de Salvador
Sette (1953, p. 24)

Olinda era equiparada a uma pequena Lisboa. O Maranhão despontou com a ocupação francesa que entre 1612 e 1615 fundou São Luis e nela aplicou recursos, fato que provocou a coroa portuguesa, forçando uma movimentação de reconquista envolvendo forças militares.
                                        
Brasão de Olinda Brasão de São Luis
     Vieira (s.d, n.p)                                      Meireles (1964, n.p.)

A Capitania do Siará estava no centro geográfico desses acontecimentos. Desde Pero Coelho o objetivo era atingir o Maranhão. Depois foge de uma seca para o Rio Grande do Norte onde havia o portentoso e antigo Forte dos Reis Magos, sólida construção ainda do século XVI. Martin Soares Moreno foi convocado para lutar no Maranhão, contra franceses. O Siará parecia invisível. 

A Capitania do Siará era a princípio subalterna à Capitania do Maranhão, depois a de Pernambuco. É evidente o grau de inferioridade de nossa capitania em relação as suas congêneres. Doravante, inicia-se um longo processo envolvendo autoridades militares e judiciais. Civis empreendedores, religiosos e indígenas na busca do progresso em uma terra que, aparentemente, se mostrava inóspita. Só aparentemente, o cearense sabe que de suas entranhas brota fertilidade. 

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Carnaubal
Foto do acervo particular

Assim é o que se propõe mostrar na sequência com o engajamento de todos esses atores na árdua jornada de construção do Ceará que hoje temos.

Armando Farias


MEIRELES, Mário M. São Luis, cidade dos azulejos. São Luis: Departamento de Cultura do Estado do Maranhão, 1964.
SETTE, Mário. Brasil, minha terra: leituras cívicas. 14. ed. Rio de Janeiro: Melhoramentos,1953.
VIEIRA, Ana Maria Trevia. Olinda: guia e mapa turístico (trabalho de história da arte guia artístico e turístico, 1º ano). [s.l: s.n, s.d.]