ልጥፎችን በመለያ Revolução Pernambucana በማሳየት ላይ። ሁሉንም ልጥፎች አሳይ
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እሑድ 5 ማርች 2023

A REVOLUÇAO PERNAMBUCANA – ALGUNS DETALHES

 

Hoje, 6 de Março, comemora-se a Revolução Pernambucana. Tema riquíssimo da nossa História que merece mais estudos e maior divulgação. Para o Historiador e Doutor pela Universidade Federal de Pernambuco Alberon Lemos, a Revolução Pernambucana foi escolhida para representar a Data Magna do Estado porque "é a única que, de fato, mostrou a área do Brasil que teve independência de Portugal".

Pernambuco tinha uma balança comercial bem equilibrada e a exportação superava de longe a importação. Sendo assim, estava em condições de se tornar uma república independente. 

Diante de vasto conteúdo selecionei trecho da reportagem do Jornal do Comércio, Recife 16 de Abril de 1998 do Médico Cardiologista Rostand Paraíso onde repercute análise do Imortal Oliveira Lima sobre o tema.

Havia durado apenas 74 dias o regime republicano nascido em Pernambuco. Quando as armas e munições enviadas por Cruz Cabugá, chegaram a terras brasileiras, a revolução já havia sido desbaratada.

Estava sepultado o sonho de liberdade acalentado pelos pernambucanos. E, pior ainda, Pernambuco teve por castigo, o seu território mutilado: as terras de Alagoas e Rio Grande no Norte foram desligados de sua tutela, tornando-se livres.

Analisando a posteriori, o movimento de 1817, Oliveira Lima diz que havia se baseado “numa explosão frenética de sentimento nacional desdenhado, brotada de cérebros exaltados pelos sucessos da Revolução Francesa, afervoados em seus sonhos por uma misteriosa solidariedade, e ansiosos pela interação da libertação americana”, “que o movimento não tinha condições e delas não se preocuparam os que num momento de ímpeto lançaram a um governador irresoluto e moleirão o desafio de sua impaciência patriótica”, e que o futuro, desde o início, não se mostrava risonho para os republicanos de Pernambuco, “militares cansados das prepotências portugueses, sacerdotes em que seus consistórios foliavam o grande livro das aspirações liberais, brasileiros que nos peitos viris sentiam vibrar o afeto virem da pátria”.

E ele conclui sua análise com palavras que bem demonstram o espírito forte do pernambucano: “Bem, souberam, porém, morrer, os que tal mal souberam conspirar”.

Por Rostand Paraíso


Em 1817 este era o mapa de Pernambuco, com as comarcas de Alagoas e São Francisco, essa ultima desliada em 1824 por decreto de Dom Pedro I após as tropas imperiais sufocarem a Confederação do Equador. 

Armando Farias

ዓርብ 5 ማርች 2021

A "PARTICIPAÇAO" do Ceará na REVOLUÇAO PERNAMBUCANA

Considerada por historiadores como o único movimento reacionário no Brasil colônia que se pode chamar revolução foi a Revolução Pernambucana ou “Revolução dos padres” que, de fato, trouxe a independência do país de Portugal.

Foi gestada no Seminário de Olinda por padres e seminaristas entre os quais o cearense subdiácono José Martiniano de Alencar. Também teve adesão de ricos comerciantes ligados a  maçonaria e militares, ganhou a participação imediata do Rio Grande do Norte e Paraíba.

O Ceará não chegou de fato a aderir, pois o que seria seu representante, o seminarista e membro da Academia do Paraíso Martiniano de Alencar fora preso em sua terra natal logo que começara a divulgação dos ideais do movimento.

O estopim foi o motim de 6 de março de 1817 no Recife que culminou com o assassinato do comandante da guarda por um oficial. As causas principais que levaram ao movimento foi a insatisfação com as regalias das elites e com a elevação de impostos desde a chegada da família real portuguesa.

Após derrotarem as tropas de Portugal, os revoltosos formaram um governo provisório e difundiram as ideias em outras regiões do Brasil.

Na capitania do Siará foi sob as ordens do governador Francisco Sampaio que o coronel Alexandre Leite Chaves de Melo se aquartelou em Ruças com as forças de Linha, Milícias e até de índios auxiliares do seu comando de fronteira para combater os revoltosos. Dali partira toda a sua ação, prendendo posteriormente no Crato os padres Carlos de Alencar, José Martiniano, Tristão Gonçalves e Dona Bárbara de Alencar, todos engajados no movimento emancipado republicano. Segundo o Historiador Paulino Nogueira, presos, os três últimos foram trazidos para Fortaleza onde ficaram reclusos “em estreitíssimo e imundo calabouço no antigo quartel da 1* linha, entre a cadeia do crime e a fortaleza”. Dona Bárbara ocupou cela separada dos dois filhos que ficaram juntos. Posteriormente por ordem do governador Sampaio todos foram conduzidos a acomodações mais espaçosas e arejadas. Por fim os presos foram conduzidos à Bahia para julgamento.

Falsa prisão de D. Bárbara de Alencar´
BARROSO (1962, p. 305)

A Constituição da nova república, muito avançada para a época, causou dissensões enfraquecendo o movimento. Entre os artigos mais polêmicos estavam o da igualdade de direitos que levaria a emancipação de escravos, e livre culto religioso indo de encontro ao monopólio da Igreja Católica.

Em 19 de maio de 1817 o governo provisório da República de Pernambuco apresenta sua capitulação perante o comando da esquadra que havia sitiado o  porto do Recife.

Pernambuco teve por castigo imposto por Dom Joao VI a perca territorial referente ao hoje estado de Alagoas onde alguns senhores de engenho não aderiram ao movimento, território então de Pernambuco, passando a constituir uma capitania autônoma.

 

 Armando Farias

BARROSO, Gustavo. À margem da história do Ceará. Fortaleza: Imprensa Universitária do Ceará, 1962.